No Médico #2

Dessa vez fomos num hospital particular, depois de duas horas convencendo minha mãe a me levar lá. Consulta paga e vamos esperar. Mais de uma hora depois fui chamado e ela reclamando que queria ir pra casa fazer o almoço do filho preferido (meu irmão). Expliquei ao médico tudo o que aconteceu e não aconteceu, mais o que sentia.

Como sempre, minha mãe deu seu show. Contou como é minha interessante vida. Eu parecia ter dengue. Sei como é porque já tive umas 4 ou5 vezes e estava certo que era isso.

Tudo dito, o médico: ” Pode ser rotavírus. Vomitou? Teve diarreia?”. Eu disse que quase e segurei o máximo que pude. Ele: ” Então não é isso. Você comeu alguma coisa estragada? “. Gente, quem em sã consciência em casa vai pensar “hmmm, vou comer alguma coisa estragada hoje…”. Claro que não, né porra! Respondi que não. O médico: ” Deve ter sido isso mesmo, alguma coisa não te fez bem. Vou passar uma injeção e você só pode comer fibra, até melhorar.”

Ok. Saí do consultório mais uma vez com cara de bunda e fui tomar a tal da injeção. Cadê que achávamos o lugar? Pergunta daqui e dai… Nada! 10 minutos depois achamos o lugar, mas chegando lá fui informado que precisava ir não sei mais onde para PAGAR a injeção. Outro lugar também que ninguém sabia informar. Mais 5 minutos andando pelo hospital e nada. Minha mãe foi ao balcão da recepção e disse: ” Vão tomar no cu! Que bagunça!”, falando e rasgando a receita. Olhou pra mim: ” Disso você não morre, vamos embora. Vou passar na farmácia e comprar um remédio pra dor de cabeça e pronto. Eu falei que não era nada, igual da outra vez. “

Essa é a minha mãe. Detalhe: ela é evangélica.